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Dia mundial do doador de sangue

Dia mundial do doador de sangue

O sangue funciona como um transportador de substâncias imprescindível para o bom funcionamento do corpo e não pode ser substituído por nenhum outro líquido. Para reforçar a importância da doação de sangue, ampliando a quantidade de doadores e fidelizando aqueles que já doam, no dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Essa data, instituída em 2004, é uma homenagem ao aniversário de Karl Landsteiner, médico e biólogo austríaco que recebeu o Prêmio Nobel Fisiologia ou Medicina em 1930, por descobrir a classificação dos grupos sanguíneos no sistema ABO; ele também descobriu o fator RH, que indica se o tipo de sangue é positivo ou negativo. A pesquisa de Landsteiner foi o primeiro passo para a realização de transfusões de sangue seguras, pois revelou que pessoas com tipos sanguíneos compatíveis poderiam receber sangue uma das outras.

No Brasil, a campanha Junho Vermelho, iniciativa do movimento Eu Dou Sangue (https://www.eudouosangue.com.br/), incentiva as pessoas a serem doadoras de sangue. O mês foi escolhido devido a dois fatores. Em primeiro lugar, devido ao Dia Mundial do Doador de Sangue. Em segundo lugar, os meses mais frios e de férias escolares (junho, junho, agosto) registram uma menor doação nos hemocentros.

Fonte: https://oparana.com.br/noticia/campanha-junho-vermelho-doe-sangue-doe-vida/.

Outro fato que demonstra a necessidade da campanha de doação de sangue é o fato de apenas 2% da população brasileira ser doadora. A recomendação da Organização Mundial da Saúde – OMS é que essa porcentagem esteja entre 3% e 5% para que os estoques de sangue sejam estáveis.

No ano de 2020, esse número caiu ainda mais devido a pandemia de CONVID-19 e os bancos de sangue já estão com dificuldades de manter os estoques. O Ministério da Saúde orientou que os doadores, dentro das possibilidades, doassem sangue, visto que os cerca de 32 hemocentros no país, além de aproximadamente 500 serviços de hemoterapia, estão preparados para realizar as coletas com segurança.

No Brasil, as condições básicas para uma pessoa ser doadora de sangue são:

  • Ter entre 16 e 69 anos (pessoas menores de 18 anos precisam ter consentimento formal dos responsáveis; pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.);
  • Estar em bom estado de saúde (pessoas com gripe, febre ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente);
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Não estar em jejum;
  • Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas;
  • Não ter feito cirurgia de grande porte a menos de seis meses e de pequeno porte a menos de três meses;
  • Não ter feito tratamento dentário a menos de 7 dias.
  • Não ter doado sangue a menos de 60 dias (homens) e 90 dias (mulheres);
  • Não ter tido comportamento de risco para contaminação pelo HIV;
  • Não ter ingerido álcool nas 12 horas antes da doação;
  • Não ter feito uso de drogas injetáveis ilícitas;
  • Não ter feito piercing, acupuntura ou tatuagem a menos de 12 meses.

Em relação à doação e recebimento, de acordo com o tipo sanguíneo:

Fonte: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue.

Os diferentes componentes do sangue, hemácias, plaquetas, plasma e outros, são utilizados separadamente, podendo beneficiar mais de um paciente com apenas uma coleta. Os componentes são utilizados para atendimentos de urgência, para a realização de cirurgias eletivas de grande porte e para o tratamento de pessoas com doenças crônicas, tais como doença falciforme e talassemia, e doenças oncológicas variadas.

Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450ml de sangue. É pouco para quem doa e muito para quem precisa. Seja solidário. A doação de sangue pode salvar vidas!